SPOTS
DE MERGULHO
Desde 1750 até aos dias de hoje, há registo de mais de uma centena de naufrágios ao longo da costa norte de Portugal, nomeadamente entre Espinho e o Mindelo. Estes acontecimentos trágicos e marcantes fazem do nosso mar um verdadeiro palco de histórias por descobrir e memórias por preservar.
Entre nós — instrutores e mergulhadores — formou-se um grupo de entusiastas, unidos pelo gosto pela história marítima e pela arqueologia subaquática, sempre em busca de novos naufrágios, da sua identificação e das histórias que encerram. Ao longo de mais de três décadas, este entusiasmo levou-nos à descoberta de novos locais, à valorização do património subaquático nacional e à criação de uma base de dados única sobre os naufrágios da região.
Este trabalho tem sido desenvolvido em estreita colaboração com alguns dos mais conceituados arqueólogos subaquáticos portugueses, o que reforça a fiabilidade e o valor histórico da informação recolhida.
Somos actualmente uma referência local e nacional nesta área. O nosso trabalho tem servido de fonte de consulta para centros de mergulho, mergulhadores, reportagens e publicações especializadas, contribuindo activamente para a divulgação e preservação do património subaquático de Portugal.
O nosso mar guarda História & Segredos. Nós ajudamos a contá-los.
Submarino alemão
- Profundidade: 31m
- Certificação requerida: AOWD
Barca inglesa
- Profundidade: 33m
- Certificação requerida: AOWD
Park Ship
- Profundidade: 15m
- Certificação requerida: OWD
Rebocador português
- Profundidade: 27m
- Certificação requerida: AOWD
Paquete brasileiro
- Profundidade: 10m
- Certificação requerida: OWD
Petroleiro dinamarquês
- Profundidade: 15m
- Certificação requerida: OWD
Além dos naufrágios, a nossa costa oferece vários pontos de mergulho com fundo rochoso, ideais para quem deseja explorar a diversidade marinha local.
Com profundidades máximas que rondam os 20 metros, estes locais garantem condições excelentes para a observação de uma rica variedade de espécies marinhas, desde peixes coloridos a invertebrados e plantas aquáticas típicas do Atlântico Norte.
Entre os principais spots, destacam-se as Longas, o Pêlo Negro, a Rodelha, o Olo e o Prego.
Estes pontos são perfeitos para mergulhadores de todos os níveis que queiram desfrutar de uma imersão na biodiversidade marínha da nossa região, com condições seguras e paisagens subaquáticas fascinantes.
O INÍCIO DO MERGULHO EM VILARINHO DA FURNA
Vilarinho da Furna surge como destino de mergulho em 1999. Nesse ano, no dia 21 de fevereiro, por iniciativa do instrutor Luís Mota, foi organizada uma visita ao local da antiga aldeia, com o objetivo de realizar o primeiro reconhecimento da área submersa.

A convite de Luís Mota, estiveram presentes o galardoado fotógrafo de natureza Luís Quinta e uma equipa da RTP, composta por José Serra e Ana Paula Cabral, responsáveis pelo programa Bombordo. Na época, Luís Quinta era proprietário da revista Mundo Submerso e publicou uma reportagem sobre este mergulho pioneiro, que representava uma novidade absoluta e praticamente desconhecida no país.
A RTP também transmitiu uma pequena reportagem sobre o local, ajudando a dar visibilidade a este sítio singular — um lugar onde o tempo parece ter parado debaixo de água.
Assim começou a história do mergulho na aldeia submersa de Vilarinho da Furna.
Entre Numa Experiência Única no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A aldeia submersa de Vilarinho da Furna, localizada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, é um dos destinos de eleição da Submania para a realização de mergulhos de formação básica e específica.
Submersa desde 1971, esta antiga aldeia de montanha conserva ruínas que variam de profundidade, podendo atingir os 30 metros na parte final da primavera e ao longo do verão. A temperatura da água varia ao longo do ano, oscilando entre os 7°C e os 21°C, consoante a estação.

Apesar de grande parte da aldeia estar em ruínas, ainda é possível encontrar estruturas graníticas surpreendentemente bem preservadas, como lareiras, fornos, bancos de pedra, tanques e bebedouros de gado. Algumas fachadas permanecem intactas, permitindo observar escadas, portas, janelas e até mesmo as tradicionais namoradeiras nas janelas – um verdadeiro mergulho na história.