Mistério ao largo da Madalena

Muito pouco, ou mesmo nada, se sabe sobre a história deste naufrágio. Há décadas que se acredita tratar-se de uma antiga draga afundada ao largo da Praia da Madalena, em Vila Nova de Gaia. Contudo, até hoje, não foi possível encontrar qualquer registo que confirme o tipo de embarcação, o seu nome, a sua origem ou as circunstâncias do naufrágio.
O que conhecemos resulta apenas da observação direta no local. Trata-se, sem dúvida, de uma embarcação com propulsão a vapor, possivelmente do final do século XIX ou início do século XX. As evidências são claras: casco composto por chapas rebitadas, duas caldeiras ligadas a dois motores de expansão multipla, e dois hélices em ferro fundido com 2,40 metros de diâmetro.
Desconhece-se igualmente quem foi o primeiro a mergulhar neste local, ou quando isso aconteceu.
A Submania tem vindo a investigar este enigmático naufrágio, empenhada em desvendar a sua origem e reconstruir a história desta embarcação esquecida, na esperança de um dia poder contar a verdadeira saga que jaz no fundo do mar.
O naufrágio nos nossos dias
O naufrágio encontra-se a 20 metros de profundidade, assente num fundo de areia, com a proa orientada a sul. Está partido em quatro secções distintas: três continuam ligadas entre si, facilitando a navegação subaquática ao longo da estrutura, enquanto a quarta — a popa — está separada do corpo principal da embarcação.
Os dois motores e as duas antigas caldeiras destacam-se como o ponto mais elevado do naufrágio, seguidas pelo carvername e, por fim, pela estrutura remanescente da proa, que ainda resiste à força do tempo e das marés. Junto às caldeiras, é possível observar, meio assoreados, elementos da maquinaria original da embarcação.

Este é um excelente spot para observar vida marinha local e praticar técnicas de navegação subaquática. Adequado para mergulhadores com certificação Open Water Diver, deve-se ter em atenção que a zona pode estar sujeita a correntes fortes e visibilidade reduzida.

